terça-feira, 7 de outubro de 2014

Com caneta, papel e você


Mas eu nunca reedito minhas palavras,
Pois acho que o original é sempre melhor.
Nada mascarado ou modificado,
Tudo na síntese, tudo em tese, tudo da mente, tudo na boa!

Com caneta e papel passo meus dias,
Com a caneta e o papel, é assim que funciono.
Nada de lápis ou borracha, se errar vou consertar,
Mas meu erro deve continuar ali para que eu possa vê-lo e com ele aprender.

Pois cada palavra tem sentido maior do que muita coisa por aí,
Como por exemplo aquela piada sem graça que sempre me faz rir.
Com a caneta e o papel em mãos eu penso em ti,
Pois aquela piada sem graça foi de ti que ouvi.

Talvez por isso tenha tanta graça,
Porque não sei te olhar e não sorrir.
Não sei não pensar em ti todos os dias antes de dormir,
Assim como pensando em ti não sei não escrever as palavras que pensei.

Com a caneta e o papel te fazer essas rimas,
Com a caneta e o papel mostrar a todos que és tu o meu amor
E que o amor é minha sina.
Talvez nem rime tanto, afinal não sou profissional.

Mas o que é profissão sem paixão?
Seria então o que a paixão se não fosse tal como profissão?
Será este meu carma?
Escrever de graça pra você nem ler.

Não, eu sei que tudo isso faz sentido.
Como naquele dia com o bolo que te fiz,
O de queijo!
Ou será que era de milho?

Tanto faz, basta você ter notado
Que tudo o que escrevi agora foi em ti inspirado.
Afinal sempre tive inspirações,
A felicidade, a tristeza, mas escrever por amor? Nisso eu nunca tinha pensado!

Já deves estar cansado de ler tudo isso,
Então vá dormir e amanhã continuamos essa história
Que mais parece um cordel,
Mas na verdade surgiu bem de repente.

Como o nosso namoro que me faz tão contente.
E vê se sonha comigo, aliás depois de tudo isso
Até acho difícil não sonhar, mas faz assim:
Se a saudade bater vem me encontrar!



Amanda Nascimento.