domingo, 28 de abril de 2013

Quase sem querer


Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso,
Só que agora é diferente:
Sou tão tranquilo e tão contente.

Quantas chances desperdicei,
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém.

Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira,
Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber tudo.

Já não me preocupo se eu não sei por que.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.

Tão correto e tão bonito
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos!
Sei que, às vezes, uso
Palavras repetidas,
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?

Me disseram que você
Estava chorando
E foi então que eu percebi
Como lhe quero tanto.

Já não me preocupo se eu não sei por que.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu quero o mesmo que você.

Legião Urbana'

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Bandeiras dos Principais Países Aliados

Bandeira do Reino Unido
  Bandeira da União Soviética
Bandeira dos Estados Unidos da Amércia

Bandeiras dos Principais Países do Eixo

 Bandeira da Alemanha Nazista
 Bandeira da Itália Facista ( República Social Italiana)
Bandeira do Sol Crescente ( Bandeira Militar do Japão)

domingo, 21 de abril de 2013

Boas novas!


Boa noite!
Venho a vocês com duas notícias, a 1ª é que resolvi voltar à ativa, como deve ter-se percebido, e voltei com muita vontade de mais, quero começar agora a contar a vocês os fatos da 2ª guerra mundial, pois embora meu país não tenha participado diretamente dela, me interesso muito, espero que gostem também... Ah, também tenho planos para exposição da literatura brasileira, e ainda falar da música, bandas e grupos musicais ingleses, e consequentemente de outras regiões do mundo também.
A 2ª notícia é que recebi de um amigo a indicação do site: http://historiablog.wordpress.com/2012/12/26/a-segunda-guerra-mundial-no-facebook/, que é muito interessante e que recomendo também, pois trata comicamente sobre a 2ª guerra, enfim, espero que gostem e que se divirtam!!!

Tenham todos uma ótima semana e, assim que for possível darei início às histórias!

A útima crônica


A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. 
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome. 
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. 
O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim. 
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso. 


Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso."

Fernando Sabino'

"E aqui estou, sempre querendo outra vida, sempre invejando os sorrisos alheios. Sempre fechando-me num casulo sórdido, esperando alguma fresta de luz invadir e liricamente me cegar. Deixo-me cegar pela tua voz, pelo brilho fosco do teu cabelo, pelo cheiro que exala quando tu passa. E sabe, você é um infeliz, um sádico, um inalcançável amor na minha vida. Me deixa viver, eu te imploro. Solta minha pálpebra, deixa eu fechar esse olho dolorido, deixa eu me deleitar num sonho sem maldade. Vai, vai-te embora daqui, deixa o escuro esconder o que eu tento exibir, deixa o som ensurdecedor das alegrias lá de fora omitir aquilo que eu quero fazer-lhe escutar. Minha voz é para mim, meu abraço é somente meu, sim senhor. Sem dores, sem grilos, em meu sono esqueço disso tudo e até brinco de viver, de correr sem medo por aí."

Letícia Castor Moura'

sábado, 13 de abril de 2013

Pra você guardei o amor

"Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
Explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar..."
Nando Reis

Um dos maiores poetas do Brasil!

domingo, 7 de abril de 2013

Socialismo, derivação do Comunismo


As doutrinas vigentes do socialismo surgiram no século XIX, época do Capitalismo Industrial, com  influência de teorias de Karl Marx e Engels. Para eles o Comunismo seria a última etapa do desenvolvimento Revolucionário Socialista o qual seria caracterizado pela abolição do Estado e perfeita igualdade entre os homens. Porém divergências entre os líderes dos movimentos socialistas culminaram em divisões:
* Na 1ª Guerra Mundial, em Bolcheviques (comunistas – russo mais radicais como Lenin e Stalin) e Mencheviques (mais moderados e via processo parlamentar)
* Assim o Comunismo passou a qualificar o movimento político russo (1917) e o Socialismo passou a indicar a filosofia de Estado dos social-democratas.
Características Principais: Estatização dos meios de produção, desenvolvimento social como objetivos e redistribuição de renda.
Atualmente, após o período da Guerra Fria (conflito político e Ideológico entre URSS e EUA, Socialismo x Capitalismo) e consequente queda da União Soviética, poucos países se mantêm socialistas, por exemplo Cuba segui um regime mais fechado, enquanto China e Coréia do Norte tem economia mais liberal e globalizada, porém não deixam de ter regimes sociais fechados.


Diferenças: Capitalismo e Socialismo, no trabalho

Capitalismo

O Capitalismo de forma bem resumida...

"Em suma, o capitalismo é, um sistema social, econômico e cultural onde, dentre seus principais pontos chave podemos destacar que, nesse tipo de governo não há uma democracia estabelecida, ou seja, o povo não participa da criação de sua própria vida.
As desigualdades sociais são típicas deste sistema, o que falta para uns, outros possuem em excesso.
Hoje, no mundo todo, apenas seis países não adotaram este sistema, ao menos não por completo, até onde temos conhecimento.
O capitalismo gera desempregos, mas também empregos de alta remuneração. Não se trabalha, nem em cargos públicos, para a sociedade, mas sim para a burguesia. Isso se dá durante toda sua história, desde os primeiros passos ao capitalismo mercantil, que se iniciou na burguesia europeia, por volta dos séculos XIII e IV."