segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O mártir da alegria lacrimosa

Quando há uma luz que te segue, que clareia teus passos, tudo está em paz. Mas quando há também, por outro lado, uma sombra, uma sobra de hostilidade, um caminho mais escuro, surge então a dúvida. Se meus passos, outrora tão firmes, já não sabem mais que direção seguir, eis então meu pranto, a escorrer pelas pedras, molhar a estrada que já foi tão seca. Sei que nada mais fará sentido se por acaso eu desistir, mas olhando bem de perto, que sentido fará continuar eu, agora perdido? Ao menos desistindo não serei mais eu, o destruidor de sonhos, aquele que constrói seus amores sobre a angústia alheia, sobre a ternura eterna de vestir de branco e ser as lágrimas de quem não chora, pois o branco acalma e as lágrimas secam. Sendo assim resta-me apenas tornar-me o mártir da alegria, calar-me então de uma vez por todas e não mais expressar minhas idéias, não mais esboçar sonhos e apresentar minhas conquistas. Serei o mártir da alegria que nunca acaba. A alegria ferida, fingida e ignorada. A alegria irreal.

Por Amanda Nascimento.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Com caneta, papel e você


Mas eu nunca reedito minhas palavras,
Pois acho que o original é sempre melhor.
Nada mascarado ou modificado,
Tudo na síntese, tudo em tese, tudo da mente, tudo na boa!

Com caneta e papel passo meus dias,
Com a caneta e o papel, é assim que funciono.
Nada de lápis ou borracha, se errar vou consertar,
Mas meu erro deve continuar ali para que eu possa vê-lo e com ele aprender.

Pois cada palavra tem sentido maior do que muita coisa por aí,
Como por exemplo aquela piada sem graça que sempre me faz rir.
Com a caneta e o papel em mãos eu penso em ti,
Pois aquela piada sem graça foi de ti que ouvi.

Talvez por isso tenha tanta graça,
Porque não sei te olhar e não sorrir.
Não sei não pensar em ti todos os dias antes de dormir,
Assim como pensando em ti não sei não escrever as palavras que pensei.

Com a caneta e o papel te fazer essas rimas,
Com a caneta e o papel mostrar a todos que és tu o meu amor
E que o amor é minha sina.
Talvez nem rime tanto, afinal não sou profissional.

Mas o que é profissão sem paixão?
Seria então o que a paixão se não fosse tal como profissão?
Será este meu carma?
Escrever de graça pra você nem ler.

Não, eu sei que tudo isso faz sentido.
Como naquele dia com o bolo que te fiz,
O de queijo!
Ou será que era de milho?

Tanto faz, basta você ter notado
Que tudo o que escrevi agora foi em ti inspirado.
Afinal sempre tive inspirações,
A felicidade, a tristeza, mas escrever por amor? Nisso eu nunca tinha pensado!

Já deves estar cansado de ler tudo isso,
Então vá dormir e amanhã continuamos essa história
Que mais parece um cordel,
Mas na verdade surgiu bem de repente.

Como o nosso namoro que me faz tão contente.
E vê se sonha comigo, aliás depois de tudo isso
Até acho difícil não sonhar, mas faz assim:
Se a saudade bater vem me encontrar!



Amanda Nascimento.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

A Copa das Copas


Até esta Copa eu não considerava jogadores de futebol heróis. Muito pelo contrário, sempre pensei que eles recebem remuneração alta demais para fazer tão pouco falando em questão social. Entretanto, após me deixar envolver pelo carisma e animação de toda uma nação, de toda a minha nação, passei a vê-los de forma diferente, ou seja, ainda considero sim seus salários altos demais para exercerem suas funções no esporte, mas políticas e considerações econômicas à parte, passei a vê-los como heróis. Não heróis de Guerra, não os comparo a quem fez diferença na história da humanidade, a quem libertou nações ou lutou por ideais nem nada disso, mas sim como heróis no esporte, afinal somos o país do futebol, também do samba, carnaval e corrupção, claro, mas ainda assim o país do futebol e é tão lindo ver todos juntos visando algo em comum que é até complicado de explicar.

Antes dessa Copa acontecer imaginei zilhões de coisas... Manifestações nada pacíficas, violência, vandalismo, crises no comércio, paralisações por parte de funcionários públicos, enfim o caos geral e generalizado, entretanto as pessoas reagiram totalmente opostas ao que eu esperava. Se isso foi bom ou ruim não cabe a mim classificar, mas que foi lindo, ah isso foi! Tenho ainda receio de que se cumpram os ditos esquecimentos políticos por conta do futebol, do pão e do circo, mas já não penso nisso, afinal Copa é Copa e política fora à parte e vice e versa. Não dá pra colocar tudo no mesmo saco, nossos jogadores e países adversários não virão aqui salvar nossa política, mas nossos políticos também não vão a campo ou ao congresso fazer sorrir as crianças do nosso país.

Acredito que o povo deveria sim ser incentivado com mais cultura, mais educação, arte; mas se o que encanta olhares é o futebol por que então não usá-lo para trazer a realidade aos poucos para a juventude? A frase que David Luiz usou para definir sua frustração após o jogo contra a Alemanha foi incrível, no momento de tristeza, decepção, talvez raiva e desânimo ele conseguiu selecionar as palavras mais bonitas e reais que poderia ter usado: "Só queria fazer meu povo feliz, ao menos no futebol". Gente, essa última parte foi demais, fiquei tão emocionada e comovida que não tive sequer reação, "ao menos no futebol", ou seja, ele reconheceu que vivemos tempos difíceis e que o povo brasileiro está sim em desacordo com os serviços públicos prestados e com os governantes escolhidos pelo mesmo e reconheceu ainda que o futebol não é o principal, mas que pode sim fazer uma nação sorrir, e chorar.



David Luiz


Brasileira com orgulho sim! Agora vamos rumo às eleições!


Amanda Nascimento.

terça-feira, 8 de julho de 2014

O coração do bom moço

Vestido de sol
Colorido à tinta guache
Seu coração, mesmo partido,
Por ela ainda bate.

Mesmo sorrindo, 
E às vezes chorando,
Mesmo distante,
Ele segue cantando.

Caminhando por aí,
Por lá e por cá,
Sorrindo a todo mundo,
Felicidade sem parar.

Não posso acreditar
Que mesmo ele
Sinta falta assim de alguém,
Tão feliz e pomposo, parece-me bem.

Mas a vida sempre segue,
Temos que aprender.
E seguir em frente
Faz parte de viver.

Siga-se o exemplo
Daquele bom moço,
Que mesmo com o coração partido,
Segue feliz ao esforço!


Amanda Nascimento.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Você sabe onde e quando surgiu a tão conhecida "SUÁSTICA"?


Pois bem, registros pelo mundo datam o seu primeiro aparecimento por volta de 12.000 A.C., utilizada inicialmente no hinduísmo e no budismo conhecida como "manji", ela representava então a vida, a alegria e no segundo a harmonia do Universo, a paz, o amor e o intelecto. Posteriormente foi incorporada ao Nazismo como símbolo principal do partido Nacional Socialista dirigido por Adolf Hitler e seus companheiros, no partido conhecido por NSDAP.
Ainda assim a suástica é um símbolo religioso e que antes de ter sido adotada por Hitler, em 1920, representava sorte e saúde. É formada por uma cruz grega com 'braços' em ângulos retos.


E no mundo...

Nos Estados Unidos, fazer apologia ao nazismo e ao racismo é permitido por lei de acordo com o direito à Liberdade de expressão, garantido pela Primeira Emenda à Constituição dos Estados Unidos. Devido a esse fato, existem, atualmente, vários grupos racistas e neo-nazistas atuando no país

No Brasil a incitação, induzimento ou apologia ao racismo e outras discriminações são caracterizadas como crime. No caso da apologia ao nazismo, a ocorrência do crime depende da divulgação da suástica nazista para fins de divulgação do nazismo. Portanto, existem casos em que a apologia ao nazismo não é criminosa (embora não seja socialmente aceita) e em outros casos poderá configurar o crime do artigo 20 §1º da Lei 7.716/89.


Amanda Nascimento.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Apologia_do_nazismo;
http://tabernaculodoperipatetico.blogspot.com.br/2014/02/capitulo-xv-simbolos-e-significados.html;
http://o-ornitorrinco.tumblr.com/post/5328397851/cultura.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Tempo cruel

Quero reviver o passado. Momentos, pessoas, acontecimentos... Tudo no passado é melhor do que hoje! 
Quero voltar no tempo e passar por tudo novamente, assim sem mudar nada, nem que seja só para observar... Para me sentir ali, nas memórias. Pensamentos que vêm e que vão ao piscar dos olhos, sensação de ter deixado algo lá atrás, algo que não vem na mala e sim no coração. Aquele alguém que hoje existe só no pensamento faz tanta falta! Causa tanta saudade!

Mesmo que tente, me esforce, é difícil deixar aquilo que se foi ir. Não fui ensinado a lidar com a saudade, pois ninguém até hoje aprendeu para poder ensinar. Então a cada nova história é possível recordar-me de outra que já teve seu fim, a cada novo rosto, a cada novo olhar tento suprir a falta que sinto daquele que foi e não voltará. Será tão difícil assim para todos? Ou será que eu mais uma vez melo dramatizei tudo?


Creio que a saudade é sentimento que não se explica, não se desculpa e não se esquece, apenas se sente. Mas como se sente o que não se sabe sentir? Não sei.



Por: Amanda Nascimento.