Após a Segunda Guerra Mundial os militares voltam a lutar por uma nação melhor e em 1954 é encaminhado ao Ministério da Guerra o “Manifesto dos Coronéis”, documento que aborda a política do governo e a oposição dos militares ao comunismo. O atentado da rua Toneleros, em Copacabana, que resulta no assassinato cruel do major da Força Aérea Brasileira, Rubens Florentino Vaz, e em ferimentos leves no político e jornalista, Carlos Lacerda (5 de agosto), dentre outras coisas, leva os oficiais da Força Aérea Brasileira a manifestarem exigência da renúncia de Getúlio Vargas (22 de agosto), que divulga nota a respeito de sua licença ao governo. No mesmo dia é encaminhado ao marechal João Batista Mascarenhas de Morais manifesto elaborado por 30 generais que pediram a renúncia do presidente (23 de agosto), que finalmente comete suicídio no dia seguinte (24 de agosto).
Em 1955 por ocasião do sepultamento do general Canrobert Pereira da Costa, no Rio de Janeiro, o coronel Jurandir Bizzaria Mamede pronuncia discurso contra o governo (1 de novembro). Tem início crise política que se estende até o fim daquele ano. O presidente João Café Filho é internado por motivos de saúde (3 de novembro) e foi substituído pelo presidente da Câmara dos Deputados, Carlos Coimbra da Luz (8 de novembro). O novo presidente se desentende com o Ministro da Guerra, general Henrique Dufles Teixeira Lott, por pretender punir o coronel Jurandir Mamede (9 de novembro). Dois dias mais tarde uma ação dos militares declarou impedimento de Carlos Luz, e assume o poder o presidente do Senado, Nereu de Oliveira Ramos, às 18h30 do dia 11 de novembro de 1955.
No ano seguinte (1956) ocorre em Jacarecanga, no Pará, movimento sedicioso contra o governo federal promovido pelos oficiais da FAB, major Haroldo Coimbra Veloso e capitãoJosé Chaves Lameirão (11 a 29 de fevereiro). O presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira havia assumido o mandato em 31 de janeiro.
Três anos depois, em 1959, ocorre em Aragarças (Goiás) revolta contra o governo liderada pelo então Tenente-Coronel-Aviador João Paulo Moreira Burnier em 3 de dezembro.
Em 1963 a proibição da elegibilidade dos sargentos, determinada pelo Supremo Tribunal Federal, resulta em revolta da categoria em Brasília (12 e 13 de setembro). Participam também do movimento fuzileiros navais, e soldados da Força Aérea e da Marinha.
1964, "o anos que mudou o Brasil para melhor" (HIPPÓLYTO, 2007) as Forças Armadas dão início a movimento militar contra o governo de João Goulart, em 31 de março e 1º de abril. O Congresso Nacional apóia o movimento militar e declara o impedimento do presidente Goulart (2 de abril). Pascoal Ranieri Mazzilli assume a presidência da República (2 de abril até 15 de maio) e, uma semana mais tarde, é promulgado o Ato Institucional Número Um, que tem por objetivo legitimar a revolução levada adiante com apoio da população (HIPPÓLYTO, 2007). O Congresso Nacional é reunido para eleger novo presidente do Brasil (11 de abril) e decide pelo general Humberto de Alencar Castello Branco, que assume quatro dias depois (15 de abril).
O Regime Militar teve como presidentes os generais Humberto de Alencar Castelo Branco (1964 – 1967), Artur da Costa e Silva (1967 – 1969), Emílio Garrastazu Médici (1969 –1974), Ernesto Geisel (1974 – 1979) e João Baptista Figueiredo (1979 – 1985). E em 1969 a Nação foi governada por uma Junta Militar composta pelo general Aurélio Lira, almiranteAugusto Rademaker, e brigadeiro Márcio Melo.
O Regime Militar (1964-1985) enfrentou levantes como o do Movimento Nacionalista Revolucionário na serra do Caparaó (novembro de 1966), e a guerrilha na região do rio Araguaia. Esse conflito durou de 1972 a 31 de janeiro de 1975.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário, amigo/a!