Os holandeses começaram suas invasões pela tomada da cidade de Salvador em 1624, que é libertada no ano seguinte. Em 1630 os holandeses invadem Recife e Olinda. Três anos depois (1633) capitulam a Paraíba e oRio Grande do Norte, e Natal passa a se chamar Nova Amsterdã. Em 1635 as resistências brasileiras de Arraial Velho do Bom Jesus e Cabo de Santo Agostinho são dominadas pelos holandeses. Em 1637 a administração é confiada ao conde João Maurício de Nassau Siegen, que expande as conquistas até Sergipe. Em 1645 a resistência brasileira se organiza e inicia a “insurreição pernambucana”. Entre 1648 e 1649 ocorrem as Batalhas dos Guararapes, com vitória dos brasileiros. Em 1654, com a assinatura da “Capitulação do campo do Taborda” em Recife, os holandeses deixam o Brasil.
O primeiro movimento nativista foi a Revolta de Amador Bueno, ocorrida em 1641 em São Paulo. A Revolta da Cachaça ocorreu entre 1660 e 1661 no Rio de Janeiro por causa do aumento dos impostos às aguardentes. Em 1666 ocorreu a Conjuração de Nosso Pai. Dezoito anos depois (1684) ocorreu a Revolta de Beckman no Estado do Maranhão.
A Guerra dos emboabas ocorreu entre Minas Gerais e São Paulo nos anos de 1707 a 1709 e envolvia a questão econômica relativa à extração de ouro. A guerra foi encerrada com a intervenção do governador do Rio de Janeiro, Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho.
No ano seguinte, 1710, ocorre em Pernambuco a Guerra dos mascates, com senhores de terras e engenhos de Olinda contra os comerciantes portugueses de Recife. O término das hostilidades aconteceu em 1711. No mesmo ano (1711) ocorre os Motins do Maneta em Salvador, que também levou ao Motim dos patriotas no Rio de Janeiro.
A Revolta da Vila Rica (ou revolta de Felipe dos Santos) foi um movimento nativista em 1720 que gerou, como conseqüência, a criação da capitania de Minas Gerais a qual foi desmembrada da capitania de São Paulo.
O Brasil entra em nova fase, com os movimentos emancipacionistas e o primeiro conflito é a Inconfidência Mineira (também conhecido como conjuração mineira) em 1789 no qual a capitania de Minas Gerais rebelou-se contra o domínio português com a intenção de transformar-se em país livre. Ainda não havia o sentimento de nação brasileira como um todo. A seguir ocorreu a Conjuração carioca, em 1794, que na realidade foi uma busca da Coroa Portuguesa por livros proibidos entre intelectuais cariocas, receosa em função dos recentes conflitos em Minas Gerais.
Surge então a Conjuração baiana (ou revolta dos alfaiates) ocorrida em Salvador no ano de 1798 e com o diferencial de contar com apoio da população. O próximo movimento foi aConspiração dos Suassunas em 1801 na cidade de Olinda. A conspiração foi desmembrada pelo governo de Pernambuco, mas serviu como base para a chamada Revolução pernambucana.
Da transferência da corte à Independência (1808-1822)
A transferência da corte portuguesa até à proclamação da República foi criada, em 1810, a Academia Real Militar no Rio de Janeiro. Neste período ocorreu o último dos movimentos de emancipação, em Pernambuco, em 1817, e que contou com a participação da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
Do Império à República
No primeiro reinado (1822–1831), registram-se a “Guerra da independência” que estendeu-se de 1822 ao ano seguinte (1823) contra o exército português. Em 1824 registrou-se a repressão à “Confederação do Equador”, onde estados do nordeste brasileiro liderados por Pernambuco tentaram se tornar independentes das tendências absolutistas de D. Pedro I. No ano seguinte (1825) começa a Guerra da Cisplatina que durou até 1828 e teve com principal conseqüência a desanexação da província que foi tornada a nação República Oriental do Uruguai.
Com a abdicação de D. Pedro I em 1831 o Brasil ingressa no período regencial (1831–1840) e enfrenta sua primeira crise no ano seguinte (1832) contra a revolução nativista daFederação dos Guanais, na Bahia, e que teve como origem a conjuração baiana (1798). O período regencial viu surgirem outros movimentos nativistas (separatistas) como a Revolta dos Malês que durou apenas três dias de janeiro de 1835 em Salvador, dissolvido por forças constitucionais.
Um dos grandes conflitos enfrentado foi a Cabanagem, ocorrida entre 1835 e 1840 na província do Grão-Pará. O movimento organizado por escravos e índios foi sufocado pela Armada Imperial (marinha de guerra) brasileira.
Outro grande conflito separatista foi a Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul que se proclamou a República Rio-Grandense. A revolta chegou a alcançar parte do estado deSanta Catarina. Em 1840 com a maioridade de D. Pedro II foi oferecida uma anistia aos revoltosos, que foi recusada. O movimento perdeu força militar quando em 1842 a constituição nomeou como presidente o veterano general Luís Alves de Lima e Silva o qual prontamente iniciou negociações diplomáticas para o término do conflito, que ocorreu em 1845 com a assinatura do tratado de paz na localidade de Poncho Verde.
A Bahia viveu mais uma revolução, a Sabinada, ocorrida entre 1837 e 1838 que pretendia obter a autonomia da região. Sem contar com apoio popular, o movimento foi rapidamente desarticulado.
Para encerrar os conflitos no período regencial, a Balaiada foi uma revolta de cunho social ocorrida entre 1838 e 1841 no interior do Maranhão. A revolta foi combatida pelo então coronel do exército imperial Luís Alves de Lima e Silva, ação pela qual ganhou o título de Barão de Caxias.
O Segundo Reinado (1840–1889) combateu em 1842 Revolução liberal ocorrida em São Paulo e Minas Gerais, sufocada pelo brigadeiro Luís Alves de Lima e Silva. Em 1848começou a Revolução praieira, com caráter liberal e separatista, que eclodiu em Pernambuco. A revolta foi pacificada em 1850 por Manuel Vieira Tosta e pelo brigadeiro José Joaquim Coelho.
Em 1851 eclodiu a Guerra contra Oribe e Rosas quando o presidente da Argentina (Juan Manuel de Rosas) e o ministro da guerra do Uruguai (Manuel Oribe) tentaram unificar as nações em único país. Uma tropa composta de brasileiros (liderados por Luís Alves de Lima e Silva, então Barão de Caxias), argentinos (sob o comando de Justo José de Urquiza) e uruguaios (sob comando de Fructuoso Rivera) pôs fim ao conflito em 1852.
Em 1864 eclodiu a Guerra contra Aguirre, uma indisposição diplomática entre Brasil e Uruguai que culminou com a tomada brasileira de alguns territórios uruguaios, mas posterior devolução ao término das hostilidades. A principal conseqüência foi a precipitação do Paraguai que gerou a Guerra da Tríplice Aliança ou, como é mais conhecida, a Guerra do Paraguai.
Ainda abatido com a guerra do Paraguai, o segundo reinado enfrentou a revolta dos Muckers, um conflito de ínfimas proporções ocorrido no interior do Rio Grande do Sul. A última revolta enfrentada pelo segundo reinado foi a revolta do quebra-quilos, ocorrida entre 1874 e 1875 quando vilas inteiras do Nordeste se revoltaram contra novos impostos e o novo sistema de recrutamento para o exército imperial. Só no estado do Rio Grande do Norte foram treze vilas rebeladas, cinco na região do Seridó: Acari, Currais Novos, Flores, Jardim ePríncipe. A revolta foi rapidamente reprimida.
O período Republicano
A primeira revolta enfrentada pela República foi em 23 de novembro de 1891 quando o almirante Custódio de Melo - com apoio do marechal Floriano Peixoto - a bordo do encouraçado Riachuelo ameaçou bombardear o Rio de Janeiro caso o marechal Deodoro da Fonseca não renunciasse ao cargo.
A segunda revolta da Armada aconteceu em 1893 chefiada pelos almirantes Custódio de Melo, Saldanha da Gama e Eduardo Wandelkok. O movimento foi duramente reprimido e desmembrado em março de 1894, após trocas de tiros entre a Marinha e o Exército. Sangue brasileiro derramado de ambos os lados.
Em 1893 o marechal Floriano Peixoto enfrentou a Revolução federalista no Rio Grande do Sul. O levante gaúcho foi sufocado em 1895.
Ainda em 1893 começou a Guerra de Canudos, no interior da Bahia, contida pelas tropas federais em 1897. Alguns anos depois uma revolta de tamanho infinitamente inferior, arevolta da vacina no Rio de Janeiro (contra a vacinação obrigatória) também ceifou vidas nos embates dos populares com as forças federais.
Em 1910 eclode a Revolta da chibata, com marinheiros da Marinha do Brasil que se rebelam contra a aplicação de castigos físicos, e ameaçam bombardear o Rio de Janeiro. O então presidente, marechal Hermes da Fonseca, após batalhas de menor porte aceitou algumas das reivindicações. Houve novo levante poucas semanas depois mas esse foi duramente sufocado pelas tropas federais.
Em 1912 começa a Guerra do contestado em territórios do Paraná, Santa Catarina e até Argentina. O levante foi contido em 1916.
Em 5 de julho de 1922 começa a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana. A revolta começou um ano antes (1921) quando cartas (atribuídas ao candidato do governo, Artur Bernardes, chamavam o ex-presidente marechal Hermes da Fonseca de “sargentão sem compostura” e que acusavam o Exército Brasileiro de ser formado por elementos “venais”) foram publicadas no jornal Correio da Manhã. Poucos dias depois uma segunda carta foi publicada no mesmo jornal, com mesmo tom da primeira. Artur Bernardes negou a autoria, e conseguiu ser eleito em 1º de março de 1922. Com clima político tenso, as Forças Armadas foram chamadas para conter rebeliões populares em Pernambuco mas o marechal Hermes da Fonseca telegrafou para Recife para exortar os militares a não reprimirem a população e, por esse motivo foi preso e o Clube Militar dissolvido em 2 de julho. Os militares rebelaram-se contra o governo e em 5 de julho o Forte de Copacabana foi bombardeado pela artilharia da Fortaleza de Santa Cruz. O comandante do Forte, capitão Euclides Hermes da Fonseca (filho do marechal Hermes da Fonseca) permitiu a saída do forte de todos os militares que não quisessem combater. Dos 301 saíram 272. Enquanto isso osencouraçados São Paulo e Minas Gerais, além de um destróier, iniciaram o bombardeio ao Forte. O capitão Euclides foi ao Palácio do Catete negociar, mas foi preso quando chegou lá. Sob bombardeio naval, o tenente Siqueira Campos tomou uma corajosa decisão: os 28 remanescentes sairiam em marcha até o Palácio do Catete, e combateriam se necessário. Às 13h iniciaram a marcha pela Avenida Atlântica e pouco depois de alguns debandarem, resistiam 18 militares e um civil. Os remanescentes se envolveram num tiroteio com as tropas federais e somente os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes, gravemente feridos, sobreviveram. Verdadeiros heróis.
Em 1930 o Brasil sofre um golpe de Estado que derruba o presidente Washington Luiz e coloca o ditador Getúlio Vargas no poder. Pouco depois ocorre a Revolução constitucionalista de 1932 na qual São Paulo tenta derrubar a ditadura. O movimento é desarticulado por tropas federais ainda em 1932. Em 1935 registra-se a Intentona Comunista de 1935 sufocada pelas Forças Armadas Brasileiras. Em 1938 foi a vez do levante integralista também rapidamente sufocado pelas forças federais.Marechal Deodoro da Fonseca (Manuel Deodoro da Fonseca) - 1889 à 1891.
Marechal Floriano Peixoto (Floriano Vieira Peixoto) - 1891 à 1894.
Pudente de Morais (Prudente José de Morais Barros) - 1894 à 1898.
Campos Sales (Manuel Ferraz de Campos Sales) - 1898 à 1902.
Francisco Alves (Francisco de Paula Rodrigues Alves) - 1902 à 1906.
Afonso Penna (Afonso Augusto Moreira Penna) - 1906 à 1909.
Nilo Peçanha (Nilo Peçanha) - 1909 à 1910.
Marechal Hermes da Fonseca (Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca) - 1910 à 1914.
Wenceslau Brás (Wenceslau Brás Pereira Gomes) - 1914 à 1918.
Delfim Moreira (Delfim Moreira da Costa Ribeiro) - 1918 à 1919.
Epitácio Pessoa (Epitácio da Silva Pessoa) - 1919 à 1922.
Arthur Bernardes (Authur da Silva Bernardes) - 1922 à 1926.
Washington Luís (Washington Luís Pereira de Sousa) - 1926 à 1930.
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